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Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 488
Pode-se comparar os órgãos rudimentares às letras de uma palavra que persistem ainda na ortografia mas se tornam inúteis na pronunciação, embora sirvam de pista para compreender a sua derivação. Segundo a perspectiva da descendência com modificação, podemos concluir que a existência de órgãos numa condição rudimentar, imperfeita e inútil ou completamente abortada, longe de apresentar uma estranha dificuldade, como seguramente acontece na doutrina comum da criação, poderia mesmo ter sido antecipada, e pode ser explicada pelas leis da hereditariedade.

Resumo. - Neste capítulo procurei mostrar que a subordinação de grupo a grupo em todos os organismos ao longo do tempo; que a natureza da relação pela qual todos os seres vivos e extintos estão unidos por linhas de afinidade complexas, irradiantes e sinuosas num grande sistema; as regras seguidas e as dificuldades encontradas pelos naturalistas nas suas classificações; o valor atribuído aos caracteres, se são constantes e predominantes, sejam de elevada importância vital, ou perfeitamente trivial, ou, como nos órgãos rudimentares, sem qualquer importância; a ampla oposição de valor entre os caracteres analógicos ou adaptativos, ou caracteres de verdadeira afinidade; e outras regras semelhantes - todas se seguem naturalmente da perspectiva da progenitura comum daquelas formas que são consideradas pelos naturalistas como próximas, juntamente com a sua modificação por meio da selecção natural, com as suas contingências de extinção e divergência de carácter. Ao considerar esta perspectiva da classificação, deve-se ter em mente que o elemento da ascendência foi universalmente usado na classificação conjunta dos sexos, idades e variedades reconhecidas da mesma espécie, por muito diferentes que possam ser em estrutura.

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pág. 488 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 488

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491