Capítulo 17: Capítulo XVII
Página 201
guerras; outros de inventar maiores e ainda maiores bombas-foguete, explosivos cada vez mais poderosos, blindagens mais e mais resistentes; outros buscam novos gases, mais letais, ou venenos solúveis capazes de ser produzidos em quantidades tais que destruam a vegetação de continentes inteiros, ou culturas de germes maléficos imunizados contra todos os anticorpos possíveis; outros se esforçam para produzir um veículo que abra caminho sob a terra como um submarino por baixo de água, ou um aeroplano tão independente da base como um navio de vela; outros ainda exploram possibilidades mais remotas, tais como focalizar os raios do sol através de lentes suspensas a milhares de quilômetros da terra, ou provocar terremotos e maremotos artificiais pela alteração do calor no centro do planeta. Mas nenhum desses projetos jamais se aproxima da realização, e nenhum dos três super-estados obtém dianteira significativa sobre os outros. O que é mais notável é que as três potências já possuem, na bomba atômica, uma arma muito mais poderosa do que as suas atuais pesquisas lhes permitirão descobrir. Conquanto o Partido, segundo seu hábito, reivindique essa invenção, as bombas atômicas apareceram em mil novecentos e quarenta e poucos, e foram usadas em larga escala cerca de dez anos mais tarde. Nessa ocasião, algumas centenas de bombas foram lançadas contra os centros industriais, principalmente da Rússia europeia, Europa ocidental e América do Norte. O efeito foi convencer os grupos dominantes de todos os países que algumas bombas atômicas mais significariam o fim de toda sociedade organizada e, portanto, do seu próprio poder. Daí por diante, embora não se fizesse, nem se insinuasse qualquer tratado formal, as bombas-A não foram mais jogadas.
|
|
 |
Páginas: 309
|
|
|
|
|
|
Os capítulos deste livro:
|
|
|