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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 135

- Repara nestas folhas, Gordon! Olha-as, com o sol nelas! Parecem de, ouro. Parecem mesmo de ouro.

- Ouro de fadas. Não tardas a citar passagens de Barrie. Aqui para nós, se pretendes uma imagem exacta, são da cor do molho de tomate.

- Não digas asneiras! Escuta como sussurram. «Espessos como folhas de Outono que flutuam nos riachos de Vallombrosa.»

- Ou como aqueles flocos de aveia americanos. Flocos Truweet. «As crianças choram pelos Flocos Truweet.»

- És insuportável!

Ela soltou uma risada e continuaram de mãos dadas movendo-se entre a folhagem caída e declamando:

"Espessas como os Flocos Truweet que enchem os pratos na Welwyn Garden City!»

Divertiam-se como colegiais. Por fim, emergiram da área arborizada. Havia agora muitas pessoas nas imediações, mas poucos carros, se evitassem as principais rodovias. De vez em quando, ouviam repicar sinos e efectuavam desvios para evitar os fiéis a caminho da igreja. Começaram a passar por aldeias dispersas, em cujos subúrbios vivendas do período pseudo-Tudor se erguiam com arrogância, entre as suas garagens, vedações de buxo e' relvados desassistidos. E Gordon divertia-se emitindo comentários jocosos a seu respeito e à ímpia civilização de que faziam parte - uma civilização de corretores da Bolsa, com as respectivas esposas de lábios carregados de bâton, uísque, mesas de pé-de-galo para sessões espíritas e cães de Aberdeen chamados Jock. Assim cobriram mais uns cinco quilómetros, conversando e discutindo com frequência. Algumas nuvens isoladas desfilavam no céu, mas continuava a não soprar vento.

Entretanto, começavam a doer-lhes os pés e sentir os primeiros sinais de fome. Por comum acordo, a conversa enveredou pelo tópico da comida. Embora não tivessem relógio, quando atravessaram nova aldeia viram que os botequins estavam abertos, pelo que devia passar do meio-dia. Hesitaram à porta de um pouco atraente denominado Pássaro na Mão. Gordon tinha vontade de entrar pois reflectia que, num estabelecimento daqueles, o pão com queijo e uma cerveja custariam, quando muito, um xelim.

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Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 135

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251