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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 147
A casa ao fundo da encosta irrompeu em cores vistosas - roxas-azuladas as telhas, vermelhos-cereja os tijolos. Somente o facto de não haver aves a cantar recordava que era Inverno. Gordon colocou o braço em torno de Rosemary e puxou-a para si vigorosamente. Sentavam-se, as faces coladas, em contemplação extática do vale. De súbito; ele voltou-a e beijou-a.

- Gostas de mim, não é verdade?

- Adoro-te, tonto.

- E vais ser boa para mim, hem?

- Boa, como?

- Deixar-me fazer-te o que quiser.

- Bem, acho que sim.

-Tudo?

- Sim, está bem. Tudo.

Tornou a recliná-la na relva. Agora, era muito diferente. O calor do sol parecia ter-se-lhes infiltrado nos ossos. «Despe-te», sussurrou ele, e Rosemary apressou-se a obedecer. Não deixava transparecer vergonha na sua frente. De resto, a temperatura era tão agradável e o local tão solitário, que a indumentária, resumida ou não, carecia de importância. Dispuseram a roupa dela no chão e fizeram uma espécie de cama. Desnuda, Rosemary deitava-se' de costas, mãos atrás da cabeça, olhos fechados, com um leve sorriso, como se tivesse ponderado tudo e estivesse em paz consigo própria.

Ele permaneceu ajoelhado a contemplá-la por longos momentos. A sua beleza impressionava-o. Parecia muito mais nova despida do que vestida. O rosto, inclinado para trás, de pálpebras cerradas, dir-se-ia quase infantil. Começou a acercar-se mais, todavia as moedas tilintaram na algibeira, mais uma vez. Restavam-lhe apenas oito pence! Os problemas não tardariam. No entanto, evitaria de pensar nisso imediatamente. O essencial era levar avante a sua presente intenção, e ao diabo com o futuro! Enfiou uma mão por baixo dela e depositou-lhe o corpo em cima.

- Posso... agora?

- Sim, está bem.

- Não tens medo?

- Não.

- Tentarei ser muito cuidadoso.

- Não te preocupes com isso. - Um momento depois. - Oh, Gordon, não! Não, não, não!

- Que se passa?

- Não, Gordon, não! Não deves! Não!

Ela estendeu as mãos e repeliu-o com violência. As faces apresentavam um ar remoto, aterrorizado, hostil.

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Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 147

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251