Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 10: Capítulo 10

Página 192
Ninguém possuía tabaco, à excepção do botequineiro, que tinha as algibeiras cheias de cigarros e os distribuía livremente. Entravam e saíam presos. Um homem andrajoso assaz sujo, que se dizia vendedor ambulante, permaneceu na cela durante meia hora. Falava muito, mas os outros mostravam-se' desconfiados, e quando O' levaram afirmaram que, se tratava de um «bufo». Segundo eles, a Polícia costumava introduzir um «bufo» nas celas, disfarçado de detido, para recolher informação. Em dado momento, verificou-se notável excitação, quando o polícia de serviço anunciou, a meia-voz, que um assassino, ou suposto assassino, ia dar entrada na cela contígua. Tratava-se de um jovem de dezoito anos que esfaqueara a sua «prostituta» no ventre, e subsistiam escassas esperanças de ela sobreviver. Houve uma altura em que a porta se abriu, para assomar o rosto fatigado e pálido de um padre.

Ao avistar o gatuno, disse: «Outra vez por cá, Jones?» e desapareceu. O chamado almoço foi servido cerca do meio-dia - uma chávena de chá e duas fatias de pão com manteiga. No entanto, quem quisesse podia mandar vir uma refeição mais ou menos decente, de um restaurante próximo, desde que possuísse dinheiro para a pagar. O botequineiro preferiu um repasto opulento, enviado em pratos cobertos, mas faltava-lhe o apetite e cedeu a maior parte aos companheiros de infortúnio. Ravelston continuava nas instalações, à espera de que o caso de Gordon fosse julgado, mas não se achava suficientemente familiarizado com a forma como a orgânica interna do local funcionava para mandar vir comida para ele. Por fim, o gatuno e o botequineiro foram chamados, julgados e levados de novo para a cela, até que o carro celular os conduzisse à prisão definitiva, onde cada um permaneceria nove meses. O botequineiro consultou o outro acerca das condições vigentes no sistema prisional e o interpelado comprazou-o, não sem acrescentar uma série de obscenidades pelo facto de não haver mulheres disponíveis.

Gordon foi julgado às duas e meia da tarde e a audiência terminou tão rapidamente que pareceu absurdo ter estado tanto tempo à espera.

<< Página Anterior

pág. 192 (Capítulo 10)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 192

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251