No entanto, só teve tempo para dar uma resposta vaga e desejar que houvesse outra mulher do mesmo género em Uppercross, antes de toda a conversa cessar subitamente, ao verem Louisa e o capitão Wentworth vir na direcção delas. Tinham também resolvido dar um passeio, até calcularem que o pequeno-almoço estava pronto, mas Louisa, lembrando-se de repente de que tinha de procurar qualquer coisa numa loja em Lyme, convidou todos para voltarem para a cidade com ela. E todos se mostraram ao seu dispor.
Quando chegaram aos degraus que subiam da praia, um cavalheiro, que no mesmo instante se preparava para descer, recuou delicadamente e parou para lhes dar passagem. Subiram e passaram por ele e, ao passarem, o rosto de Anne chamou-lhe a atenção, e ele olhou-a com um grau de intensa admiração a que ela não pôde ficar insensível. Anne estava com um bom ar extraordinário, as suas feições muito regulares e muito bonitas tinham recuperado o viço e a frescura da juventude, graças ao vento agradável que lhe soprara no rosto e à animação do olhar que igualmente lhe restituíra. Era evidente que o cavalheiro (um perfeito cavalheiro, nos modos) estava a admirá-la enormemente. O capitão Wentworth olhou de imediato para ela, de uma maneira que revelava ter reparado nisso. Lançou-lhe um olhar momentâneo - um olhar brilhante, que parecia dizer: «Aquele homem está entusiasmado consigo - e até eu, neste momento, vejo de novo algo parecido com Anne Elliot.»
Depois de acompanharem Louisa no que ela queria fazer, e de caminharem um pouco mais, regressaram à estalagem. E Anne, ao passar depois, rapidamente, do seu quarto para a sala de jantar do grupo, quase chocou com o mesmo cavalheiro, que vinha a sair de uns aposentos contíguos. Conjecturara antes que ele devia ser um estranho, como eles próprios, e supusera que um palafreneiro bem apessoado, que caminhava perto das duas estalagens quando eles tinham regressado, devia ser criado dele.