Sangue Azul - Cap. 12: 12 Pág. 119 / 287

Elliot, um cavalheiro de grande fortuna. Chegou a noite passada de Sidmouth - creio que o senhor deve ter ouvido a carruagem, enquanto jantava -, e dirige-se agora para Crewkherne, a caminho de Bath e Londres.

- Elliot! - Muitos se tinham entreolhado e repetido o nome, antes de a informação chegar ao fim, apesar da celeridade do criado.

- Valha-me Deus! - exclamou Mary. - Deve ser o nosso primo, deve ser o nosso Mr. Elliot, é com certeza ele! Charles, Anne, não acham? De luto, ouviram, exactamente como o nosso Mr. Elliot deve estar. Que extraordinário! Precisamente na mesma estalagem que nós! Anne, não achas que deve ser o nosso Mr. Elliot, o futuro herdeiro de meu pai? Por favor - perguntou, voltando-se para o empregado -, não ouviu... o criado dele não disse se pertencia à família de Kellynch?

- Não, minha senhora, ele não mencionou nenhuma família em particular; mas referiu que o seu amo era um cavalheiro muito rico e qualquer dia seria baronete.

- Pronto, aí têm! - exclamou Mary, extasiada. - Exactamente como eu disse! Herdeiro de Sir Walter Elliot! Eu tinha a certeza que isso se viria a saber, se era de facto assim. Podem estar certos de que se trata de uma circunstância que os seus criados se encarregam de divulgar seja aonde for que ele vá. Mas, Anne, imagina que extraordinário! Lamento não o ter olhado melhor. Gostaria que tivéssemos sabido, a tempo, quem ele era, que ele nos pudesse ter sido apresentado. Que pena não termos sido apresentados uns aos outros! Acham que tinha as feições dos Elliot? Eu mal olhei para ele, estava a olhar para os cavalos, mas parece-me que tinha de facto alguma coisa das feições dos Elliot. O que me admira é que o brasão não me tenha chamado a atenção! Ah, agora me lembro, o sobretudo estava pendurado sobre a almofada da porta e ocultava o brasão! Tenho a certeza de que foi isso, caso contrário eu teria observado o brasão, e a libré.





Os capítulos deste livro