Sangue Azul - Cap. 15: 3 Pág. 158 / 287

Mr. Elliot parecera achar que ele (Sir Walter) estava exactamente com o mesmo aspecto da última vez em que se tinham visto». Mas Sir Walter «não pudera retribuir inteiramente o cumprimento, o que o embaraçara. Não pretendia, no entanto, queixar-se. Mr. Elliot era mais agradável à vista do que a maioria dos homens, e ele não tinha qualquer objecção a ser visto na sua companhia em qualquer parte».

Mr. Elliot e os seus amigos de Marlborough Buildings foram o assunto da conversa durante toda a noite. O coronel Wallis mostrara-se tão impaciente por lhes ser apresentado! E Mr. Elliot tão ansioso para que o fosse! E havia uma Mrs. Wallis, que por enquanto só conheciam pela descrição, pois estava à espera de dar à luz a qualquer momento. Mas Mr. Elliot falava dela como sendo «uma mulher muito encantadora, absolutamente digna de ser conhecida em Camden-place», e assim que ela se restabelecesse travariam conhecimento. Sir Walter tinha Mrs. Wallis em elevada conta; dizia-se que era uma mulher extremamente bonita, bela mesmo. Ansiava por vê-la. Esperava que ela contrabalançasse de alguma maneira os muitos rostos banais por que passava continuamente nas ruas. O pior de Bath era a sua quantidade de mulheres sem graça. Não queria com isto dizer que não houvesse lá mulheres bonitas, mas o número das outras era desproporcionado. Observara amiúde, enquanto caminhava, que a um bonito rosto se seguiam trinta ou trinta e cinco estafermos, e uma vez, quando se encontrava parado numa loja em Bond-street, tinha contado oitenta e sete mulheres, vira-as passar uma após outra sem descortinar um só rosto tolerável entre elas. É verdade que se tratava de uma manhã gelada, muito gelada mesmo, daquelas cuja prova praticamente só uma mulher em mil pode suportar.





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