Sangue Azul - Cap. 15: 3 Pág. 159 / 287

Mas fosse lá como fosse, o certo é que havia uma terrível multidão de mulheres feias em Bath. E quanto aos homens... eram infinitamente piores! As ruas encontravam-se cheias de espantalhos! Era óbvio que as mulheres estavam pouco habituadas a ver alguma coisa tolerável, a julgar pelo efeito que um homem de aparência decente produzia. Nunca passeara por lado nenhum de braço dado com o coronel Wallis (uma bela figura marcial, apesar de ser ruivo) sem reparar que todas as mulheres punham os olhos nele, sim senhor, era infalível, todas as mulheres punham os olhos no coronel Wallis. Modesto Sir Walter! Mas não lhe permitiram que escapasse com tanta facilidade: a filha e Mrs. Clay fizeram coro em insinuar que o companheiro do coronel Wallis devia ter tão boa figura como ele, e de certeza não era ruivo.

- Como vai a Mary? - perguntou Sir Walter, no auge do seu bom humor. - A última vez que a vi, tinha o nariz vermelho, mas espero que isso não lhe aconteça todos os dias.

- Oh, não, deve ter sido inteiramente acidental. De um modo geral, tem gozado de muito boa saúde, e muito bom aspecto, desde o S. Miguel.

- Se eu achasse que não a tentaria a sair com ventos fortes, capazes de lhe tornar a pele áspera, mandava-lhe um chapéu e uma peliça novos.

Anne estava a pensar se deveria arriscar-se a sugerir que um vestido, ou uma touca, não eram susceptíveis de ser tão mal usados, quando uma pancada na porta interrompeu a conversa. «Uma pancada na porta! E tão tarde! Eram dez horas. Seria Mr. Elliot? Sabiam que ele iria jantar em Landsdown Crescent. Era possível que passasse por ali, a caminho de casa, para perguntar como estavam. Não podiam imaginar que fosse qualquer outra pessoa. Mrs. Clay pensou que era, decididamente, o bater de Mr.





Os capítulos deste livro