Elliot. Mrs. Clay estava certa. Com toda a pompa que um mordomo e lacaio podia proporcionar, Mr. Elliot foi trazido à sala.
Era o mesmo, absolutamente o mesmo, sem nenhuma diferença, a não ser no vestir. Anne recuou um pouco, enquanto os outros recebiam os cumprimentos do recém-chegado e a irmã as suas desculpas por aparecer a uma hora tão invulgar, mas «não pôde estar tão perto sem desejar confirmar que nem ela nem a sua amiga tinham apanhado frio no dia anterior, etc., etc.», o que foi dito com toda a cortesia e aceite também o mais cortesmente possível. Mas depois foi, inevitavelmente, a vez de Anne. Sir Walter falou da sua filha mais nova - «Mr. Elliot tinha de permitir que lhe apresentasse a sua filha mais nova» (não houve ocasião para lembrar Mary) -, e Anne, sorrindo e corando, mostrou muito graciosamente a Mr. Elliot as bonitas feições que ele de modo algum esquecera, e viu logo, divertida com o pequeno sobressalto de surpresa do visitante, que ele não fizera ideia nenhuma de quem ela era. Pareceu completamente estupefacto, mas não mais estupefacto do que satisfeito. Os seus olhos brilharam e, com o mais perfeito regozijo, deu graças pelo parentesco, aludiu ao passado e rogou que fosse de imediato considerado como se já o conhecesse. Era tão bem-parecido como ela achara em Lyme, com a expressão do rosto favorecida ainda pela fala, e as suas maneiras eram tão exactamente o que deviam ser, tão corteses, tão naturais, tão particularmente agradáveis, que ela só conseguiu compará-las, em excelência, com as de uma outra pessoa. Não eram as mesmas, mas eram, talvez, igualmente boas.
Ele sentou-se com eles e beneficiou muito a conversa. Não podiam restar dúvidas de que era um homem sensato. Dez minutos bastaram para o confirmar.