Sangue Azul - Cap. 22: 10 Pág. 245 / 287

Eles tinham vindo a Bath por alguns dias, com Mrs. Musgrove, e estavam no White Hart. Até aqui, depressa ficou esclarecido. Mas enquanto Sir Walter e Elizabeth não conduziram Mary à outra sala, para se regalarem com a sua admiração, Anne não pôde sondar o cérebro de Charles para obter uma história razoável da sua vinda, ou uma explicação sobre o significado de algumas insinuações sorridentes de um assunto particular, que Mary deixara escapar ostensivamente, assim como de alguma confusão aparente quanto a quem compunha o seu grupo.

Ficou então a saber que ele era constituído por Mrs. Musgrove, Henrietta, o capitão Harville e eles dois. Charles fez-lhe um relato muito simples e inteligível de tudo, um relato em que ela viu uma boa quantidade do comportamento característico das pessoas envolvidas. O plano recebera o seu primeiro impulso do facto de o capitão Harville precisar de vir a Bath tratar de negócios. Ele começara a falar nisso há uma semana, e como maneira de poder fazer alguma coisa, visto a época da caça ter terminado, Charles propusera vir com ele e Mrs. Harville parecera gostar muito da ideia, considerando-a vantajosa para o marido. Mas Mary, incapaz de se resignar a ficar em casa, mostrou-se tão infeliz com a perspectiva que, durante um ou dois dias, pareceu ter ficado tudo em suspenso, ou mesmo ter terminado. Depois, porém, os pais dele tinham voltado ao assunto. Mrs. Musgrove tinha em Bath algumas velhas amigas que gostaria de ver, e a oportunidade parecia boa para Henrietta vir também e comprar roupas para o casamento dela e para o da irmã. Em resumo, acabou por ser o grupo da mãe dele, para que tudo pudesse ser agradável e fácil para o capitão Harville, e Charles e Mary foram incluídos por uma questão de conveniência geral.





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