Maple White passou por Rosário há quatro anos. Isto é, dois anos antes de eu ter visto o seu cadáver. Não estava sozinho; tinha com ele um amigo, um americano chamado James Colver, que ficou, aliás, no barco e que o eclesiástico nunca mais encontrou. Creio, portanto, que não há dúvidas: encontramo-nos agora diante dos restos deste James Colver.
- E - acrescentou Lorde John - já também não existem dúvidas sobre a maneira como ele encontrou o morto. Caiu lá de cima, ou atiram-no, e ficou literalmente empalado nos bambus. A não ser assim, porque teria ele os ossos quebrados e como se teria enfiado nestes caules tão altos?
O silêncio foi a nossa única resposta. Meditávamos sobre a hipótese de Lorde Roxton, e compreendíamos toda a terrível verdade. O cume sobranceiro ao escarpamento avançava sobranceiro aos bambus. Indubitavelmente o homem tinha caído de lá. Caído, por acidente? Ou?.. Aquela terra desconhecida oferecia-nos já todas as espécies de perspectivas sinistras e terríveis.
Afastámo-nos sem acrescentar uma palavra e continuámos a seguir a base dos escarpamentos, tão lisas como certos campos de gelo do Antárctico de que eu já vira fotografias esmagadoras: a sua massa elevava-se bem acima dos mastros dos navios dos exploradores. E depois, de repente, reparámos num sinal que nos encheu os corações com novas esperanças. Numa anfractuosidade da rocha, ao abrigo da chuva, havia uma seta desenhada a giz, e que continuava a apontar para oeste.
- Sempre Maple White! - disse o Professor Challenger pressentia que algum dia gente capaz seguiria a pista.
- Então tinha giz?