O Mundo Perdido - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 172 / 286

Eis porque sempre me opus a empreender um ensino escolástico.

- A sério? - zombou Summerlee.

Lorde John apressou-se a desviar a conversa.

- Acho pela minha parte - disse - que seria muito triste voltar a Londres sem saber mais coisas desta terra.

- Nunca eu ousaria regressar ao meu escritório e defrontar o velho McArdle! - afirmei. (Desculpa a franqueza da minha frase, não é verdade, senhor?) - Ele nunca me perdoaria por ter negligenciado uma parte importante do relato que espera de mim. Aliás, não vejo porque discutimos, uma vez que não existe nenhum meio de voltar a descer!

- O nosso jovem amigo colmata certas deficiências mentais evidentes com uma pequena dose de bom senso primitivo - observou Challenger. - Os interesses da sua detestável profissão escapam-nos. Mas como ele assinalou, não dispomos de nenhum meio para descer: discutir isso representaria, portanto, um desperdício de energia.

- É desperdiçar energia querer fazer qualquer outra coisa! - resmungou Summerlee por detrás do cachimbo. - Permitam-me que lhes refresque a memória: viemos aqui com um objectivo bem precisa, para cumprirmos uma missão confiada pelo Instituto de Zoologia de Londres. Essa missão consistia em verificar os ditos do Professor Challenger. Tais ditos acham-se, posso certificá-lo, altamente confirmados. O nosso trabalho está, pois, terminado. Quanto aos pormenores que merecem ser aprofundados acerca da vida do planalto, trata-se de uma tarefa tão considerável que só uma expedição forte, provida de um equipamento especial, poderia realizá-la.





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