Todos estavam de acordo antes de Mr. Malone nos trazer o mapa!
- Seja! – disse Challenger. - Reconheço que o meu espírito ficara mais tranquilo quando tiver a garantia de que o resultado da nossa expedição será comunicado aos nossos amigos. Mas como sairemos daqui? Ainda não faço a menor ideia. É verdade que nunca enfrentei um problema que o meu cérebro tenha sido incapaz de resolver. Prometo-lhes, portanto, que a partir de amanhã me debruçarei de alma e coração sobre a questão da descidda.
A discussão ficou por ali. Mas nessa mesma noite, a luz de uma fogueira do acampamento e de uma vela, foi desenhado o primeiro mapa do mundo perdido. Todos os pormenores que eu havia anotado grosseiramente do alto do meu observatório foram colocados nos seus lugares respectivos. Challenger fez errar o lápis por cima do grande espaço branco que representava o lago.
- Como lhe chamaremos? - perguntou.
- Porque não aproveitaríamos a ocasião para perpetuar o nosso nome - propôs Summerlee com a sua acidez habitual.
- Creio, cavalheiro, que o meu próprio nome reivindicaria outros créditos para a posteridade - respondeu severamente Challenger. - Um qualquer ignorante pode impor a lembrança ineficaz do seu nome numa planície ou num pico. Não preciso de um tal monumento.
Summerlee aguçava o sorriso para lançar uma nova seta. Mas Lorde John interveio:
- É a si, bebé, que cabe baptizar este lago - disse-me. – Foi o primeiro a vê-lo e, por minha fé, se desejar chamar-lhe «Lago Malone», ninguém terá nada a dizer!