O Mundo Perdido - Cap. 13: Capítulo 13 Pág. 197 / 286

Não sem largar de vez em quando um olhar inquieto para trás de mim.

E, subitamente, um barulho recordou-me os meus companheiros ausentes: no ar claro e calmo da manhã ouvi ao longe o som agudo, brutal, de um tiro de espingarda. Parei para escutar; mas nada mais me chegou aos ouvidos. Perguntei a mim próprio se um perigo súbito não se teria abatido sobre eles, mas uma explicação mais simples e mais natural cruzou-me a cabeça: a alvorada surgira e tinham imaginado que me perdera nos bosques; assim, haviam disparado aquele tiro para eu poder localizar o acampamento. Claro que tínhamos tomado a firme resolução de nos abstermos de utilizar as armas, mas pensei que se haviam julgado em perigo e que não teriam hesitado. Era, portanto, a mim que competia apressar-me a fim de tranquilizá-los o mais rapidamente possível.

Como estava cansado não avançava tão depressa como desejaria; pelo menos, regressara a sítios que reconhecia. Voltei a ver o pântano dos pterodáctilos, à esquerda; em frente, ficava a clareira dos iguanodontes. Agora achava-me na última cintura arborizada que me separava do Forte Challenger. Soltei um grito alegre para dissipar os receios deles; um silêncio de mau augúrio foi a única resposta que obtive; o meu coração parou de bater. Depressa adoptei o passo de corrida. O refúgio estava à minha frente, tal como o tinha deixado, mas a porta encontrava-se aberta. Precipitei-me para o interior. Foi um espectáculo terrificante o que se me ofereceu ao olhar na fria luz matinal. As nossas coisas achavam-se espalhadas pelo chão numa desordem inexprimível. Os meus companheiros tinham desaparecido.





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