O Mundo Perdido - Cap. 15: Capítulo 15 Pág. 234 / 286

O velhote apertou-nos as mãos, enquanto os seus homens aplaudiam com toda a força. Era demasiado tarde para marchar sobre a cidade dos homens-macacos e, assim, os índios prepararam um bivaque improvisado. Em todo o lado foram acesas fogueiras que fumegaram. Alguns indígenas tinham desaparecido na selva e regressaram empurrando à sua frente um iguanodonte novo. Como os outros, tinha na espádua uma mancha de alcatrão e foi só quando vimos um índio avançar com um ar de proprietário para dar o seu consentimento à morte do animal, que compreendemos que aqueles grandes animais eram propriedade privada tal como uma manda de bois, e que os sinais que tanto nos haviam intrigado representavam a marca do proprietário. Inofensivos, descontraídos, vegetarianos, os seus grandes membros e o cérebro minúsculo podiam ser guardados e conduzidos por crianças. Em alguns minutos o animal enorme foi esquartejado e grandes quartos da sua carne foram logo pendurados diante das fogueiras do acampamento que já estavam a cozinhar uma quantidade de peixes apanhados no lago com as lanças.

Summerlee tinha-se estendido na areia e dormia. Quanto a nós vagueámos em torno do lago para procurar saber mais acerca desta terra estranha. Encontrámos por duas vezes covas de argila azul, parecidas com as que já tínhamos visto no pântano dos pterodáctilos: antigos orifícios vulcânicos que, Deus sabe porquê, muito excitaram a curiosidade de Lorde John. O que apaixonou Challenqer foi um géiser de lama que fervia, grugulejava e à superfície do qual um gás estranho formava bolhas enormes que rebentavam.





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