O Mundo Perdido - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 281 / 286

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Perfeito, amigo Macdona! Este relato pode considerar-se uma narrativa exacta, embora um tanto excessiva da sessão. No que respeita ao incidente sensacional, ele constituiu para a assistência uma experiência perturbadora, mas não para nós claro! O leitor lembra-se de que eu tinha encontrado Lord John Roxton na mesma noite em que, vestido com a sua crinolina protectora, ele fora buscar para o Professor Challenger um «frango do diabo», como lhe chamara. Fiz igualmente alusão ao estorvo provocado pelas bagagens volumosas do professor na altura em que abandonámos o planalto. Quando descrevi a nossa viagem de regresso, teria podido revelar também a dificuldade que sentimos para satisfazer o apetite do nosso repugnante companheiro com peixe podre. Se não soprei palavra foi porque o professor queria guardar segredo de um argumento irrefutável para confundir os seus inimigos.

Uma palavra acerca do pterodáctilo londrino? Nada seguro pode ser afirmado. Duas mulheres apavoradas testemunharam tê-lo visto empoleirado no telhado do Queens Hall: teria ali permanecido durante várias horas como uma estátua diabólica. No dia seguinte os jornais vespertinos relataram que Privates Milles, dos Goldstream Guards, em serviço em frente de Marlborough House, tinham desertado sem explicações e que fora levado a conselho de guerra. A versão de Privates Milles, segundo a qual tinha deixado cair a espingarda e pernas para que vos quero no Hall porque ao levantar a vista vira subitamente o diabo a interpor-se entre ele e a lua, não foi atendida pelo tribunal. Talvez, no entanto, nada tivesse a ver com o caso.





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