O Mundo Perdido - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 79 / 286

Teve o bom gosto de considerá-lo suficientemente importante para transmiti-lo logo no dia seguinte de manhã ao nosso director, Sir George Beaumont. Ficou combinado que eu relataria as minhas aventuras sob a forma de cartas sucessivas dirigidas a McArdle, e que elas seriam publicadas na Gazette pela ordem de chegada ou conservadas para fins de publicação ulterior, conforme o que decidisse o Professor Challenger, porque ainda desconhecíamos as condições que ele inseriria na papeleta que nos guiaria para aquela terra desconhecida. Uma chamada telefónica apenas conseguiu uma fulminante explosão contra a imprensa, todavia com a conclusão de que se lhe indicássemos o nosso barco ele nos transmitiria todos os elementos úteis antes do levantar da âncora. Uma segunda pergunta que lhe fizemos obteve por única resposta um balido lastimoso da mulher: o Professor estava de muito mau humor e ela esperava que não fizéssemos nada para agravar a sua violência. Uma terceira tentativa, no dia seguinte, desencadeou um chinfrim assustador, mais uma chamada dos correios que nos informaram que o aparelho telefónico do Professor fora feito em migalhas. Interrompemos assim as nossas tentativas de entabular com ele relações mais constantes.

E agora, leitores que me haveis testemunhado muita paciência, deixarei de dirigir-me directamente a vós. A partir deste instante solene e até nova ordem (admitindo que a continuação desta narrativa chegue à vossas mãos) falar-vos-ei por intermédio do jornal que represento. Abandono nas mãos do meu redactor-chefe o relato dos acontecimentos que precederam uma das mais notáveis expedições de todos os tempos.





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