A Rosa do Adro - Cap. 9: CAPÍTULO 9 Pág. 83 / 202

- Mas vocês, ao que parece, já havia muito que se namoravam...

- Namorar, não; eu própria lhe disse e direi sempre que fui e sou ainda amiga dele, mas nada mais.

- Tu também és muito embirrenta! Olha que o António é bom rapaz, e por morte do padre...

- Sei que é bom rapaz, não o nego; mas a gente, a casar-se, deve ser com um homem a quem tenha amor. Sempre assim pensei.

- Lá isso é verdade: isto de casar não é negócio de brincadeira; basta dizer que é a gente amarrar-se por toda a vida, e portanto dou-te razão.

O diálogo terminou aqui. Rosa despediu-se das palradoras e retirou-se.

Aquelas servas do Senhor, que antes da sua chegada tão pouco lisonjeiramente falavam da rapariga e que na sua presença lhe teciam milhares de lisonjas, lá ficaram, continuando na sua boa obra de criticar quanta gente conheciam, não deixando sem longos comentários o procedimento de Rosa e as palavras que tinham há pouco proferido na conversa. Boas e santas almas aquelas!





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