A Rosa do Adro - Cap. 11: CAPÍTULO 11 Pág. 96 / 202

O jovem desvencilhou-se, afinal, dos braços da sua amante, e, menção de retirar-se, exclamou:

- Adeus, Rosa; resigna-te e crê no meu amor.

- E parte sem me dar o último beijo?

- ó filha, pois quantos queres mais?!

E, acercando-se de Rosa, deu-lhe dois frenéticos beijos; depois do que apertou entre as suas as mãos dela e retirou-se murmurando algumas frases de despedida.

A jovem, sufocada pelo choro, apenas pôde dizer entre soluços:

- Adeus, Fernandinho, não se esqueça desta desgraçada e lembre-se dos seus juramentos.

Na volta para casa, Fernando ia tristemente preocupado e por mais de uma vez exclamou:

- Pobre rapariga! Nunca nós nos tivéssemos visto... às vezes creio amá-la realmente, e, se não fosse a imagem de Deolinda, desse anjo que a cada momento se me apresenta à imaginação... Mas como poderei eu agora livrar-me de qualquer delas, se é que amo ambas, e se as acho uma e outra dignas do meu amor?! Com efeito estou numa posição bem crítica...





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