O facto realmente surpreendente neste caso do Arquipélago das Galápagos, e em menor grau em alguns exemplos análogos, é que as novas espécies formadas nas ilhas individuais não se propagaram rapidamente para as outras ilhas. Mas as ilhas, embora à vista umas das outras, estão separadas por braços de mar profundos, na maioria dos casos mais amplos do que o Canal Britânico, e não há razão para supor que estiveram continuamente unidas em qualquer período anterior. As correntes marítimas são rápidas e passam através do arquipélago, e os ventos fortes são extraordinariamente raros; pelo que as ilhas estão muito mais eficazmente isoladas entre si do que parecem quando representadas num mapa. Não obstante, bastantes espécies, as que se encontram noutras partes do mundo como as que estão confinadas ao arquipélago, são comuns às diversas ilhas, e podemos inferir de determinados factos que estas espécies provavelmente se propagaram de uma ilha para as outras. Mas penso que adoptamos muitas vezes uma perspectiva errónea acerca da probabilidade de espécies intimamente próximas invadirem o território umas das outras, quando colocadas em livre intercomunicação.