As leis complexas e pouco conhecidas que regem a variação são as mesmas, tanto quanto podemos ver, que as que regeram a produção das chamadas «formas específicas». Em ambos os casos, as condições físicas não parecem ter produzido senão um pequeno efeito directo; porém, quando as variedades entram em qualquer zona, adquirem ocasionalmente alguns dos caracteres das espécies próprias dessa zona. Nas variedades como nas espécies, o uso e o desuso parecem ter produzido algum efeito; pois é difícil resistir a esta conclusão quando olhamos, por exemplo, para o pato-de-asas-curtas, cujas asas não lhe permitem voar, quase na mesma condição que no pato doméstico; ou quando observamos o escavador tuco-tuco, que por vezes é cego, e então para certas toupeiras, que são normalmente cegas e têm os olhos cobertos de pele; ou quando observamos os animais cegos que habitam as cavernas escuras da América e da Europa. Nas variedades como nas espécies, a correlação de crescimento parece ter desempenhado um papel muitíssimo importante, de modo que quando uma parte é modificada, as outras partes são necessariamente modificadas. Nas variedades como nas espécies ocorrem reversões a caracteres há muito perdidos. Como é inexplicável, com base na teoria da criação, o aparecimento ocasional