- Mas então por que é que aquele cavalheiro anda a persegui-la? perguntou Bovary.
- Nada disso - respondeu Emma. - É o seu amante.
- No entanto, ele jura vingar-se na família dela, enquanto o outro, o que apareceu há pouco dizia: «Amo Lúcia e creio que sou amado por ela.» Além disso, saiu com o pai, abraçado a ele. Era mesmo o pai, não era. aquele tipo baixo e feio, com uma pena de galo no chapéu?
Apesar das explicações da mulher, desde o dueto recitativo em que Gilberto expõe ao seu amo Ashton as suas abomináveis manobras, Charles. quando viu o anel falso que devia enganar Lúcia, supôs que fosse uma lembrança de amor enviada por Edgar. Confessou, além disso, não compreender a história, por causa da música, que prejudicava imenso as palavras.
- Que importa isso? - disse Emma. - Cala-te!
- É que eu - prosseguiu ele, inclinando-se sobre o ombro - gosto de perceber o que se passa.
- Cala-te! Cala-te! - disse-lhe ela impaciente.
Lúcia adiantava-se, meio amparada pelas suas damas, com uma coroa de laranjeira no cabelo, mais pálida do que o cetim branco do vestido.