Passemos agora à natureza. Quando uma parte se desenvolveu extraordinariamente em qualquer espécie, por comparação com as outras espécies do mesmo género, podemos concluir que esta parte sofreu uma grande quantidade de modificação, desde o período em que a espécie divergiu do progenitor comum desse género. Este período raramente será remoto, visto <,!-S espécies raramente persistirem durante mais do que um período geológico. Uma quantidade extraordinária de modificação sugere uma quantidade invulgarmente ampla e prolongada de variabilidade, que foi continuamente acumulada pela selecção natural para benefício da espécie. Mas como a variabilidade da parte ou órgão extraordinariamente desenvolvidos foi tão acentuada e prolongada durante um período não demasiado remoto, podemos, como regra geral, esperar ainda encontrar mais variabilidade nessas partes da organização do que noutras, que permaneceram quase constantes durante um período muito maior.