Grupos de espécies, isto é, géneros e famílias, seguem, no seu aparecimento e desaparecimento, as mesmas regras gerais que as espécies individuais, modificando-se com maior ou menor rapidez, em maior ou menor grau. Um grupo não reaparece após ter desaparecido; enquanto dura existe continuamente. Estou ciente de algumas excepções aparentes a esta regra, mas são surpreendentemente escassas, tão escassas que E. Forbes, Pictet e Woodward (embora todos se oponham vigorosamente às perspectivas que defendo) admitem a sua verdade; e a regra harmoniza-se rigorosamente com a minha teoria. Pois como todas as espécies do mesmo grupo descendem de uma espécie, é evidente que enquanto qualquer espécie do grupo tenha aparecido na longa sucessão das épocas, os seus membros têm de ter existido continuamente por igual tempo, de maneira a ter gerado ou formas novas e modificadas ou as mesmas formas antigas inalteradas. As espécies do género Lingula, por exemplo, têm de ter existido continuamente numa sucessão ininterrupta de gerações, desde o mais baixo estrato siluriano até ao presente.