Resumo deste capítulo e do anterior. - Procurei mostrar que o registo geológico é extremamente imperfeito; que apenas uma pequena porção do globo foi geologicamente explorada com cuidado; que só certas classes de seres orgânicos foram em grande medida preservadas em estado fóssil; que o número dos espécimes e espécies preservados nos nossos museus é reduzidíssimo quando comparado com o número incalculável de gerações que têm de ter desaparecido mesmo durante uma só formação; que, devido à subsidência ser necessária para a acumulação de depósitos fossilíferos suficientemente espessos para resistir à degradação posterior, decorreram intervalos de tempo enormes entre as sucessivas formações; que houve provavelmente mais extinção durante os períodos de subsidência e mais variação durante os períodos de elevação, e durante os últimos a preservação do registo terá sido menor; que não houve deposição contínua de cada formação individual; que a duração de cada formação é talvez breve, se comparada com a duração média das formas específicas; que a migração desempenhou um papel importante no primeiro aparecimento de novas formas em qualquer determinada área e formação; que as espécies cuja distribuição é muito ampla são as que mais variaram e mais frequentemente deram origem a novas espécies; e que as variedades foram muitas vezes a princípio locais.