Agora, meus bons pais, nesta hora solene, espero que não me recusareis o vosso consentimento para esta união, que é a minha ambição. Posso, pois, contar com ela?
O auditório estava profundamente comovido: cada uma daquelas pessoas, com a cabeça pendida para o peito e os olhos marejados de lágrimas, parecia vergada ao peso da mais pungente delícia foi com a voz entrecortada de soluços que o atribulado pai de Fernando respondeu:
Cumpra-se a tua vontade, meu filho; nós damos-te o consentimento que pedes.
- Obrigado, muito obrigado, meu querido pai - respondeu o rapaz; depois, dirigindo-se à avó de Rosa:
- Também não recusa o seu consentimento?..
- E poderia eu negar-me a um tal pedido? - respondeu a desolada velha, banhada em lágrimas.
- Agora, Deolindinha - continuou o jovem - , encarrego-a dos preparativos destas tristes núpcias. O que lhe peço é que a cerimónia se efetue ainda hoje; sinto-me tão falto de forças...
- Serão prontamente satisfeitos os seus desejos, Fernando. Vou tratar de tudo, e brevemente unir-se-á a este anjo.