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Capítulo 5: CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL

Página 127
Pode-se duvidar, por exemplo, de os marsupiais australianos - que se dividem em grupos só ligeiramente diferentes uns dos outros e que representam debilmente, como comentaram o Sr. Waterhouse e outros, os nossos mamíferos carnívoros, ruminantes e roedores - conseguirem ou não competir vitoriosamente com estas ordens bem marcadas. Nos mamíferos australianos, observamos o processo de diversificação numa fase de desenvolvimento primitiva e incompleta.

Depois da discussão anterior, que devia ser muito mais extensa, podemos pressupor, segundo creio, que os descendentes modificados de qualquer espécie serão tão mais bem-sucedidos quanto mais se diversificarem em estrutura, tornando-se assim capazes de se introduzirem em espaços ocupados por outros seres. Vejamos agora como este princípio de uma grande vantagem resultante da divergência de carácter, combinado com os princípios da selecção natural e extinção, tenderão a agir.

O diagrama seguinte ajudar-nos-á a compreender este assunto bastante desconcertante. Suponha-se que as letras de A a L representam as espécies de um género vasto na sua própria região; supostamente estas espécies assemelham-se umas às outras em graus desiguais, como regra geral sucede na natureza e como se representa no diagrama pela distância desigual entre as letras. Referi um género grande, porque vimos no segundo capítulo que, em média, as espécies pertencentes a géneros grandes variam mais do que as espécies pertencentes a géneros pequenos; e as espécies variantes dos géneros grandes apresentam um maior número de variedades. Vimos também que as espécies mais comuns e as mais amplamente distribuídas variam mais do que as espécies raras com distribuição limitada. Suponha-se que A é uma espécie comum, amplamente distribuída e variante, pertencente a um género vasto na sua própria região.

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pág. 127 (Capítulo 5)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 127

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491