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Capítulo 7: CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA

Página 185
lado, órgãos de tão maravilhosa estrutura, como o olho, cuja inimitável perfeição ainda não compreendemos inteiramente?

Em terceiro lugar, poderão os instintos ser adquiridos e modificados por selecção natural? O que diremos de instintos tão maravilhosos como o que leva a abelha a fazer alvéolos, que praticamente anteciparam as descobertas de matemáticos profundos?

Em quarto lugar, como podemos explicar que as espécies quando cruzadas sejam estéreis e produzam descendentes estéreis, ao passo que quando se cruzam variedades, a sua fertilidade permanece intacta?

As duas primeiras alíneas serão discutidas aqui - o instinto e o hibridismo em capítulos separados.

Sobre a ausência ou raridade de variedades transicionais. - Como a selecção natural actua unicamente pela preservação de modificações vantajosas, cada nova forma tenderá numa região completamente povoada a substituir e, por fim, exterminar a sua própria antecessora menos aperfeiçoada ou outras formas menos favorecidas com as quais entra em competição. Assim, a extinção e a selecção natural, como vimos, andam de mãos dadas. Portanto, se olhamos para cada espécie como descendente de outra forma desconhecida, tanto a antecessora como todas as variedades transicionais terão em geral sido exterminadas pelo mesmo processo de formação e aperfeiçoamento da nova forma.

Contudo, uma vez que segundo esta teoria têm de ter existido inumeráveis formas transicionais, por que razão não as encontramos incrustadas em quantidades imensas na crosta terrestre? Será muito mais conveniente discutir esta questão no capítulo sobre a imperfeição do registo geológico; e aqui limitar-me-ei a declarar a minha crença de que a resposta reside sobretudo no facto de o registo ser incomparavelmente

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pág. 185 (Capítulo 7)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 185

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491