Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CAPÍTULO VII
INSTINTO

Página 237
perturbado, as escravas saem ocasionalmente e, como as suas mestras, ficam muito agitadas e defendem o ninho: quando o ninho é muito perturbado e as larvas e pupas ficam expostas, as escravas trabalham energicamente com as suas mestras no transporte daquelas para um lugar seguro. É portanto evidente que as escravas se sentem completamente em casa. Em três anos seguidos, durante os meses de Junho e Julho, observei durante muitas horas diversos ninhos em Surrey e Sussex, e nunca vi uma escrava sair ou entrar de um ninho. Como durante estes meses o número de escravas é reduzido, pensei que talvez se comportassem diferentemente em maior número; mas o Sr. Smith informa-me de que observou ninhos em Surrey e Hampshire, a horas diferentes durante os meses de Maio, Junho e Agosto, e nunca viu as escravas, apesar de muito numerosas em Agosto, sair ou entrar no ninho. Considera-las portanto como escravas estritamente domésticas. As mestras, por outro lado, podem ser constantemente observadas a transportar materiais e alimentos de todos os géneros para o ninho. Durante o ano corrente, todavia, no mês de Julho, deparei-me com uma comunidade que tinha uma reserva invulgarmente grande de escravas e observei algumas escravas misturadas com as suas mestras, abandonando o ninho, marchando pelo mesmo carreiro até um abeto escocês alto, a 22 metros de distância, ao qual subiram juntas, provavelmente em busca de afídeos ou cocei. Segundo Huber, que teve amplas oportunidades de observação, na Suíça as escravas trabalham habitualmente com as suas mestras na construção do ninho e só elas abrem e fecham as portas de manhã e à noite; e como Huber expressamente afirma, a sua função principal é procurar afídeos. Esta diferença nos hábitos usuais das mestras e das escravas nos dois países provavelmente depende apenas de as escravas serem capturadas em maior número na Suíça do que na Inglaterra.

<< Página Anterior

pág. 237 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 237

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491