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Capítulo 8: CAPÍTULO VII
INSTINTO

Página 247
que a película rômbica fora completada e se tornara perfeitamente rasa: era absolutamente impossível, devido à pouquíssima espessura da pequena película rômbica, que tivessem realizado isto a morder o lado convexo; e suspeito de que, nestes casos, as abelhas colocam-se nos alvéolos opostos e empurram e dobram a cera quente e dúctil (o que, como experimentei, se faz com facilidade) até ao seu plano intermédio apropriado, e assim a achatam.

Pela experiência com a camada de cera avermelhada, podemos ver claramente que se as abelhas construíssem por si uma parede fina de cera, podiam fazer alvéolos com a forma apropriada, colocando-se à distância apropriada umas das outras, escavando ao mesmo ritmo e procurando fazer cavidades esféricas iguais, mas permitir que as esferas cedessem reciprocamente. As abelhas, como se pode claramente ver examinando a margem de um favo em expansão, fazem uma parede circular rudimentar ou rebordo à volta de todo o favo; e mordem-no nos lados opostos, trabalhando sempre circularmente à medida que aprofundam cada alvéolo. Não fazem toda a base piramidal trilátera de qualquer alvéolo ao mesmo tempo, mas apenas a placa rômbica que fica na margem extrema em expansão, ou as duas placas, consoante o caso; e nunca completam as margens superiores das placas rômbicas antes de as paredes hexagonais serem iniciadas. Algumas destas afirmações diferem das que fez o velho Huber*, justamente celebrado, mas estou convencido da sua exactidão; e se tivesse espaço, poderia mostrar que se ajustam à minha teoria.

A afirmação de Huber de que o primeiro alvéolo é escavado numa pequena parede paralela de cera não é, tanto quanto vi, estritamente correcta; dado que o ponto de partida sempre foi uma pequena película de cera; mas não entrarei aqui nestes detalhes.

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 247

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491