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Capítulo 8: CAPÍTULO VII
INSTINTO

Página 250
de modo que o favo tem de ser construído sobre uma face da faixa -, neste caso, as abelhas podem estabelecer os alicerces de uma parede de um novo hexágono, estritamente no local que lhe pertence, projectando-se para além dos outros alvéolos concluídos. Basta que as abelhas consigam manter-se à distância relativa apropriada umas das outras e das paredes dos últimos alvéolos concluídos e então, traçando esferas imaginárias, podem construir uma parede intermédia a duas esferas contíguas; mas, tanto quanto vi, nunca mordem e concluem os cantos de um alvéolo antes que se tenha construído grande parte desse alvéolo e dos alvéolos contíguos. Esta capacidade de as abelhas sob certas circunstâncias iniciarem a construção de uma parede rudimentar no local apropriado entre dois alvéolos recentemente iniciados é importante, dada a sua relevância para um facto que à primeira vista parece subverter completamente a anterior teoria; nomeadamente, de os alvéolos na margem extrema dos favos de vespa serem por vezes estritamente hexagonais; mas não tenho espaço aqui para entrar neste assunto. Tão-pouco vejo grande dificuldade num único insecto (como no caso da vespa-rainha) fazer alvéolos hexagonais, se trabalha alternadamente no interior e no exterior de dois ou três alvéolos iniciados ao mesmo tempo, mantendo-se sempre à distância relativa apropriada das partes dos alvéolos recentemente iniciadas, escavando esferas ou cilindros e construindo planos intermédios. É inclusive concebível que um insecto possa, fixando-se num ponto onde iniciar um alvéolo, passando então para o exterior, primeiro para um ponto, depois para cinco outros pontos, nas distâncias relativas apropriadas do ponto central e entre cada um, traçar os planos de intersecção e assim

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pág. 250 (Capítulo 8)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 250

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491