Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 3: CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA

Página 53

Portanto, ao determinar se uma forma deve ser classificada como espécie ou como variedade, a opinião dos naturalistas dotados de bom discernimento e uma ampla experiência é aparentemente o nosso único guia. Contudo, em muitos casos, temos de decidir por uma maioria de naturalistas, visto que poucas variedades bem marca das e bem conhecidas se podem nomear, pelo menos as que alguns especialistas competentes não tenham classificado como espécies.

É incontestável que as variedades com esta natureza duvidosa estão longe de ser incomuns. Compare-se as diversas floras do Reino Unido, de França ou dos Estados Unidos, desenhadas por diferentes botânicos, e veja-se o número surpreendente de formas que foram classificadas por um botânico como espécies genuínas e por outro como meras variedades. O Sr. H.C. Watson, a quem muito devo por toda a assistência que me prestou, chamou-me a atenção para 182 plantas britânicas, que geralmente se considera variedades, mas que foram todas classificadas como espécies por botânicos; ao fazer esta lista, Watson omitiu muitas variedades insignificantes, mas que apesar disso foram classificadas como espécies por alguns botânicos, e omitiu inteiramente diversos géneros muitíssimo polimórficos. O Sr. Babington conta sob os géneros 251 espécies, incluindo as formas mais polimórficas, enquanto o Sr. Bentham conta apenas 112 - uma diferença de 139 formas duvidosas! Nos animais que acasalam para cada nascimento e se deslocam constantemente, as formas duvidosas que um zoólogo classifica como espécies e outro como variedades raramente se encontram na mesma região, embora sejam comuns em áreas separadas. Quantas aves e insectos na América do Norte e na Europa, que diferem entre si muito ligeiramente, foram sem

<< Página Anterior

pág. 53 (Capítulo 3)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 53

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491