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Capítulo 9: Capítulo 9

Página 109

A estrada continuava a subir. Necessitámos de dois dias para atravessar uma encosta eriçada de rochedos. A vegetação tinha-se transformado de novo e apenas subsistiam árvores de marfim vegetal assim como uma abundância de orquídeas, entre as quais aprendi a distinguir a rara muttonia vexilária , as flores rosadas ou escarlates da catleia e o odontoglossum. Ribeiros de fundo pedregoso e margens forradas com fetos grugulejavam nas ravinas e ofereciam-nos recantos propícios aos nossos acampamentos nocturnos; enxames de peixinhos de cor azul-escura, com o tamanho das trutas inglesas, forneciam-nos uma refeição deliciosa.

No nono dia após termos abandonado as canoas, Havíamos

avançado pouco mais ou menos 200 quilómetros. Começámos então a sair da zona de árvores para deparar-se-nos uma imensa extensão desértica de bambus tão espessos que tivemos de talhar o nosso caminho com os machados e os podões dos índios. Isto ocupou-nos um dia inteiro, desde as sete da manhã até às oito da noite, apenas com duas pausas de uma hora cada; lográmos, por fim, ultrapassar este obstáculo.

Nada de mais monótono e de mais cansativo, porque não podíamos ver além de dez ou doze metros à nossa frente quando efectuávamos uma abertura. A minha visibilidade era, de facto, limitada às costas de Lorde John que caminhava diante de mim, e a uma muralha amarela que me sufocava tanto à direita como à esquerda.

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Capa do livro O Mundo Perdido
Páginas: 286
Página atual: 109

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 11
Capítulo 4 21
Capítulo 5 31
Capítulo 6 53
Capítulo 7 70
Capítulo 8 83
Capítulo 9 96
Capítulo 10 113
Capítulo 11 142
Capítulo 12 161
Capítulo 13 182
Capítulo 14 202
Capítulo 15 222
Capítulo 16 242
Capítulo 17 264