- Mas é uma faia! - exclamei.
- Perfeitamente -respondeu Summerlee. - Uma árvore do nosso país, uma compatriota numa tal região!...
- Não apenas uma compatriota, meu bom senhor! - disse Challenger. - Também, se ouso prosseguir a sua comparação, uma aliada de primeira força. Esta faia será a nossa salvadora.
- Senhor! - excalmou Lorde John. - Uma ponte!
- Sim, meus amigos, uma ponte! Não foi para nada que consagrei uma hora ontem à noite a examinar a nossa situação. Tenho ideia de ter dito um dia ao nosso jovem amigo que G.E.C. atingia o máximo da sua forma quando se encontrava encostado à parede. Concordem que na noite passada estávamos todos encostados à parede! Mas quando o poder da vontade e da inteligência se aliam há sempre uma saída. Era preciso dar com uma ponte levadiça que pudesse abater-se por cima do abismo. Ei-la!
Era certamente uma ideia de génio. A árvore media bem vinte metros de altura e, se caísse do lado bom, preencheria largamente o vazio entre o nosso pico e o planalto. Challenger tinha levado o machado: entregou-mo.
- O nosso jovem amigo possui os músculos necessários disse. - Creio que esta tarefa lhe cabe. Todavia, sob a condição de que os senhores se absterão de pensar por si próprios e que farão exactamente o que lhes for ordenado.
Sob a sua direcção cavei nos flancos da árvore entalhes destinados a fazê-la cair para o lado bom. Estava já ligeiramente inclinada para o planalto, de maneira que a tarefa não foi muito penosa. Lorde John substituiu-me.