O Mundo Perdido - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 157 / 286

Enquanto regressávamos ao acampamento, contundidos e atarantados, avistámo-los a voar a uma grande altitude no céu azul profundo: planavam, continuavam a planar, não mais volumosos do que pombas, e seguiam com os olhos a nossa progressão. Por fim, quando penetrámos na parte mais profunda da floresta, abandonaram a caçada e desapareceram.

- Aqui está uma experiência apaixonante e muito instrutiva! declarou Challenger enquanto banhava no ribeiro o joelho ferido. Estamos excepcionalmente bem informados, Summerlee, acerca dos costumes destes malditos pterodáctilos!

Summerlee enxugava o sangue que lhe escorria de um ligeiro lanho na testa. Quanto a mim, esfregava o pescoço, que me dava guinadas dolorosas. Lorde John tinha um rasgão no ombro do casaco, mas os dentes do animal mal lhe tinham arranhado a carne.

- Convém notar - prosseguiu Challenger - que o nosso jovem amigo recebeu uma verdadeira punhalada nas costas e que o rasgão do casaco de Lorde John só pode ter sido provocado por uma dentada. No meu próprio caso fui esbofeteado por um par de asas... Em suma, fomos contemplados com uma magnífica exibição dos seus métodos de assalto!

- As nossas vidas estiveram por um fio! - disse Lorde John.

- E não concebo morte mais horrível do que a que nos reservavam estes animais imundos. Estou desolado por ter tido que disparar mas, por Júpiter, não possui a outra alternativa!

- Se não tivesse disparado, não estaríamos agora aqui! - exclamei com calor.





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