O Mundo Perdido - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 166 / 286

- Nesse caso eu faço a primeira, pois o meu cachimbo ainda não acabou! - declarou o Professor Summerlee.

Depois deste incidente aceitámos subordinar-nos a esta regra com disciplina.

De manhã, não tardámos a descobrir a causa da tremenda barulheira que nos tinha acordado. A clareira dos iguanodontes achava-se transformada num açougue. Pelos mares de sangue e pelos pedaços de carne espalhados na relva verde, supusemos primeiro que haviam sido chacinados vários animais, mas, examinado de perto os destroços, verificámos que eles provinham todos de um daqueles monstros que fora literalmente despedaçado por outro animal, talvez maior, mas indubitavelmente mais feroz.

Os nossos dois professores sentaram-se para discutir o assunto; examinaram pedaço a pedaço, e tal exame pôs em evidência sinais de dentes furiosos assim como de maxilas enormes.

- Devemos manter em suspenso o nosso julgamento declarou o Professor Challenger, que tinha posto em cima do joelho um grande bocado de came esbranquiçada. - Tudo sugere a presença de um tigre com dentes de sabre, tal como se encontra desenhado nalgumas cavernas. Mas o animal que avistámos apresentava, sem qualquer dúvida, uma forma maior e mais reptilínea. Pessoalmente, inclinar-me-ia para um alossauro.

-. Ou um megalossauro - disse Summerlee.

- Muito justo! Qualquer dos dinossauros carnívoros servia. É entre eles que se encontram os tipos mais perigosos da vida animal: os que recebem a maldição dos homens e a bênção dos sábios.





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