O Mundo Perdido - Cap. 16: Capítulo 16 Pág. 256 / 286

Durante um momento tive a visão de quatro exploradores a flutuar como um rosário de salsichas por cima da terra que tinham conquistado. Felizmente, havia limites ao esforço que a corda podia suportar, mas parecia não haver para a força ascensional daquela máquina infernal. Ouviu-se um estalido agudo e caímos a monte em cima de uma por9ão de cordames. Quando voltámos a pôr-nos de pé, avistámos, rnu.to ao longe no céu azul, uma mancha sombria: a rocha basáltica continuava o seu passeio aéreo.

- Maravilhoso! - exclamou o indomável Challenger enquanto esfregava o braço dorido. - Eis uma demonstração deslumbrante satisfatória sob todos os pontos de vista! Não tinha previsto um tal êxito; Em menos de uma semana, cavalheiros, prometo-lhes que ficara pronto um segundo balão; podem confiar em absoluto na segurança e no conforto deste meio de transporte para realizarem a primeira etapa da nossa viagem de regresso.

Até aqui contei os acontecimentos na sua ordem cronológica.

Agora estou em vias de terminá-los no nosso acampamento de base, onde Zambo nos aguardava há imenso tempo. Todas as nossas dificuldades. todos os nossos perigos, pertencem já ao passado; revejo-os como um sonho que se tivesse desenrolado no cenário destes escarpamentos encarniçados. Descemos sãos e salvos embora da forma mais imprevista, e tudo está bem. Dentro de seis semanas ou dois meses estaremos de regresso a Londres e é possível que esta carta não chegue às suas mãos muito antes do seu correspondente. Os nossos corações já suspiram e os nossos pensamentos voam para grande cidade nossa mãe, que nos é tão querida.





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