A nossa fortuna mudou na noite do mesmo dia em que Challenger quase nos arrastou para uma perigosa aventura com o seu balão artesanal. Disse já que a única pessoa que testemunhava simpatia pelos nossos esforços para deixar o planalto era o jovem chefe que tínhamos salvo. Ele, pelo menos, não mostrava qualquer desejo de reter-nos contra nossa vontade: havia-nos feito compreender isso por gestos perfeitamente expressivos. Assim, nessa noite, já quase fechada, dirigiu-se ao nosso acampamento, entregou-me (era sempre para mim que ele se voltava, sem dúvida porque a minha idade estava mais em relação com a sua) um rolinho de casca de árvore, apontou-me solenemente a linha de cavernas por cima de nós, pôs um dedo nos lábios para recomendar segredo e depois voltou para junto do seu povo.
Aproximei da luz da fogueira o rolo de casca de árvore e examinámo-lo juntos. No interior havia um desenho estranho que reproduzo aqui:

As linhas estavam nitidamente desenhadas a carvão de lenha sobre a superfície clara: à primeira vista, tomei-as por um arranjo musical estranho.
- Bem vistas as coisas - disse eu - juraria que isto é importante para nós: li-lho na cara quando me entregou.