É pois assim que o Anticristo começa a falar em alemão; com este arcediago Charles que, ao mesmo tempo utiliza livros de eruditos alemães para escrever a sua obra sobre o Apocalipse. Exactamente como se o cristianismo e a ciência etnológica não pudessem existir sem um contrário, um Anticristo ou um Urdummheit que lhes sirvam de contrapeso. O Anticristo e o Urdummheit não são mais do que o indivíduo diferente de mim. Hoje o Anticristo fala russo, há cem anos falava francês, amanhã talvez fale com sotaque cockney ou sotaque escocês de Glasgow. Quanto ao Urdummheit, esse fala qualquer língua, desde que não seja a de Oxford ou Harvard, nem uma sua imitação servil.