QUINZE O que vem a seguir é o mito do nascimento de um novo deus-sol, filho de uma grande deusa-sol perseguida pelo grande dragão vermelho. Este mito é colocado no Apocalipse como grande pedra central e representa o nascimento do Messias. Mesmo os comenta dores ortodoxos admitem que nada possui de cristão, e quase nada possui de judaico. Chegamos a uma camada de rocha razoavelmente pagã, e não podemos de imediato ver quantos revestimentos judaicos e judaico-cristãos há nas outras partes do livro.
Porém, este mito pagão do nascimento - tal como o outro trecho de mito puro, relativo aos quatro cavaleiros -, é muito curto.
«E aparecem, outrossim, um grande sinal no céu; uma mulher, vestida de sol, que tinha a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça; e estando grávida, clamava com dores de parto, e sofria tormentos por dar à luz.
«E foi visto outro sinal no céu; e eis aqui um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e, nas suas cabeças, sete diademas; e a cauda dele arrastava a terça parte das estrelas do céu, e as fez cair sobre a terra. E o dragão parou diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de tragar o seu filho, depois que ela o tivesse dado à luz.