A Ilha Misteriosa - Cap. 7: CAPÍTULO VII Pág. 43 / 186

O engenheiro decidiu que ficariam ali mesmo, com o monte à vista e perto do ribeiro e das jazidas. As pesquisas geológicas ficariam para o dia seguinte. Em menos de uma hora, fizeram uma cabana de troncos e ramos entrelaçados e acenderam uma fogueira. A seguir ao jantar de carne no espeto, os nossos amigos acomodaram-se para descansar e, pelas oito, já dormiam todos a sono solto, excepto aquele que ficara com a incumbência de vigiar o lume, única maneira de afastar algum animal perigoso.

Na manhã seguinte, os colonos dirigiram-se aos terrenos junto à nascente do riacho e começaram a recolher grandes quantidades de minério de ferro e de carvão. Os blocos de óxido de ferro eram, depois, partidos em bocados pequenos e limpos de impurezas. Orientados por Cyrus Smith, dispuseram o minério e o carvão em camadas sobrepostas e o novo fole de peles de foca entrou em acção! Com o primeiro bocado de ferro puro, conseguido por aquele método bastante rudimentar, improvisaram um martelo e com ele forjaram um segundo numa bigorna de granito. Ao cabo de quatro dias de muito trabalho e paciência infinita, os colonos tinham forjado várias barras de ferro, com as quais fabricaram ferramentas, como pinças, tenazes, picaretas, etc. Seguidamente, graças aos conhecimentos de Cyrus Smith, a partir do ferro puro chegaram ao aço, misturando o primeiro num cadinho de barro com carvão em pó.

Desse modo foi possível fazer machados e machadinhas, pás, picaretas, martelos e pregos.

Finalmente, a 5 de Maio, os nossos ferreiros regressaram às Chaminés, prontos para novas tarefas.





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