Morrerei, pois, com o coração cruciado de torturas, mas nunca maldirei o autor dos meus sofrimentos; antes, pelo contrário, o meu último suspiro será para ele, porque ainda o amo, porque o amarei até depois da morte!...
Aí tem, Deolindinha, a triste história dos meus infortúnios e a verdadeira causa do estado em que me veio encontrar."
- Minha pobre Rosa - exclamou a filha da baronesa, banhada em sentido choro - , foste muito infeliz, é verdade, mas talvez haja ainda um remédio para os teus males. Perdeste completamente a esperança de reconquistares o coração desse homem?
- Completamente.
- E ele ignora o estado em que estás?
- Talvez... não sei.
- Então, minha amiga, não percas de todo a esperança. Não haverá homem tão cruel que, em presença dos sofrimentos de uma mulher que vê resvalar para o túmulo pela sua causa, não deixe de reparar a falta que cometeu. Serei eu própria a primeira a interceder por ti e estou certa que não será insensível aos meus e aos teus rogos: pedir-lhe-emos ambas a reparação desse erro, e, se tanto for necessário, lançar-nos-emos juntas aos seus pés.
- Oh! isso nunca, nunca!
- Porquê, Rosa?
- Porque seria forçá-lo a reatar o fio de relações que se lhe tornariam prejudiciais... porque era obrigá-lo a amar uma mulher por quem hoje não sente, talvez, a mínima afeição; porque a junção das nossas almas trar-nos-ia de futuro dissabores e lágrimas; porque finalmente.