A Origem das Espécies - Cap. 12: CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Pág. 386 / 524

ao secar flutuavam muito mais; por exemplo, avelãs maduras afundavam imediatamente, mas depois de secas flutuaram durante 90 dias e posteriormente, quando plantadas, germinaram; um espargo com bagas maduras flutuou durante 23 dias, depois de seco flutuou durante 85 dias e as sementes germinaram posteriormente; as sementes maduras de Helosciadium afundaram-se em dois dias, secas flutuaram durante mais de 90 dias e germinaram depois disso. Ao todo, das 94 plantas secas, 18 flutuaram durante mais de 28 dias e algumas dessas 18 flutuaram durante um período muito mais longo. Pelo que 64/87 sementes germinaram depois de uma imersão de 28 dias; e como 18/94 plantas com fruto maduro (mas nem todas as mesmas espécies que na experiência anterior) flutuaram, depois de secarem, durante mais de 28 dias, tanto quanto podemos inferir seja o que for a partir destes poucos factos, podemos concluir que as sementes de 14/100 plantas de qualquer região poderiam flutuar por meio de correntes marítimas durante 28 dias e preservar o poder de germinação. No Johnston's Physical Atlas, o ritmo médio das diversas correntes atlânticas é de 33 milhas por dia (movendo-se algumas correntes ao ritmo de 60 milhas per diem); com esta média, as sementes de 14/1 00 plantas pertencentes a uma região poderiam flutuar através de 924 milhas marítimas até outra região; e ao darem à costa, se fossem arrastadas até um local favorável por um forte vento interior, germinariam.

Subsequentemente às minhas experiências, o Sr. Martens tentou realizar experiências semelhantes, mas de uma maneira muito melhor, pois colocou as sementes numa caixa no próprio mar, de modo que ficavam alternadamente húmidas e expostas ao ar como se de facto fossem plantas flutuantes.





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