Para confirmar esta perspectiva, olhemos de relance para a classificação de variedades, que se crê ou sabe que descendem de uma espécie. São agrupadas em espécies, com subvariedades sob variedades; e, com as nossas produções domésticas, são precisos muitos mais graus de diferença, como vimos no caso dos pombos. A origem da existência de grupos subordinados a grupos é a mesma nas variedades como nas espécies, nomeadamente, a proximidade de ascendência- com vários graus de modificação. Segue-se quase as mesmas regras na classificação das variedades e das espécies. Alguns autores insistiram na necessidade de classificar as variedades num sistema natural e não artificial; alertam-nos, por exemplo, para não classificar conjuntamente duas variedades de ananás, apenas porque os seus frutos, embora sejam a parte mais importante são quase idênticas; ninguém ordena conjuntamente os nabos suecos e os comuns, embora os nutritivos e espessos caules sejam muito similares. Qualquer parte que se verifique ser a mais constante é usada na classificação de variedades: assim, o grande agricultor Marshall afirma que os cornos são muito úteis para este fim no caso do gado bovino, porque são menos variáveis do que a forma ou a coloração do corpo, etc.