Apocalipse - Cap. 15: Capítulo 15 Pág. 117 / 180

E sempre surgiram com ar de divisores e separadores rivais, quer para o bem, quer para o mal: equilibradores.

Com outro salto simbólico, também eram os antigos deuses dos alizares; e eram, assim, os guardiães da entrada e, por conseguinte, os animais gémeos que, em tantas pinturas e esculturas da Babilónia, do Egeu, da Etrúria, guardam o altar, ou a árvore, ou a urna. Era frequente serem panteras, leopardos, grifos, criaturas da terra e da noite, invejosos seres.

São eles quem conserva as coisas afastadas para se abrir um espaço, uma passagem. Deste modo, são fazedores de chuva: abrem - talvez como os meteoritos - as portas do céu. Do mesmo modo, são os senhores secretos do sexo, pois desde cedo se percebeu que o sexo consegue manter duas coisas afastadas para entre elas se dar o nascimento. Num sentido sexual, podem transformar a água em sangue: porque o próprio falo era o homúnculo e, sob determinado ponto de vista, ele próprio era os gémeos da terra, o pequeno ser que produz água e o pequeno ser que se enchia de sangue; rivais no interior da própria natureza e do eu terreno do homem, de novo simbolizados pelas pedras gémeas dos testículos. São, pois, as raízes das oliveiras gémeas que dão azeitonas e o azeite do esperma da procriação.





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