Apocalipse - Cap. 4: Capítulo 4 Pág. 23 / 180

Pois sim! Mas o poder existe e sempre há-de existir. Principalmente nos casos em que se trata de fazer algo, basta juntarem-se dois ou três homens para o poder surgir e um dos homens ser leader, um senhor. É inevitável.

Se o aceitarmos, se reconhecermos esse poder natural que o homem tem, como sucedia no passado, e se o homenagearmos, então haverá uma grande alegria, um enaltecimento, e a força do poderoso passará para o menos poderoso. Haverá um fluxo de poder. E com isto os homens terão, agora e sempre, o melhor dos seres colectivos, e em cada um de nós brotará a correspondente chama. Presta homenagem e lealdade ao herói, e tornar-te-ás, tu próprio, heróico. É a lei dos homens. A das mulheres talvez seja diferente.

Actuai em sentido contrário e vede, porém, o que acontece!

Negue-se o poder, e logo o poder declina. Negue-se o poder num homem superior, e nem vós tereis qualquer poder. No entanto a sociedade precisa, agora e sempre, de ser legislada e governada. Só assim as massas admitirão autoridade onde negam o poder. A autoridade passa a substituir o poder e teremos «ministros», funcionários públicos e polícias. Surgirá então a grande porfia da ambição, da competição; e as massas, tal é o medo que sentem do poder, começarão a espezinhar-se umas às outras.





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