Apocalipse - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 65 / 180

Os Caldeus não conheciam a verdadeira astronomia, os Egípcios não conheciam a matemática nem a ciência; e aos pobres Hindus nem agora lhes é reconhecido o mérito, que durante séculos lhes foi atribuído, de terem inventado uma realidade de altíssima importância - o zero aritmético ou o nada: os Árabes, que são quase «dos nossos», é que o inventaram.

Isto é muito estranho. Não conseguimos compreender o medo cristão perante as formas de ciência pagãs. Mas qual o motivo deste medo científico? Por que terá a ciência de trair este medo com uma palavra como Urdummheit? Olhamos os maravilhosos vestígios do Egipto, da Babilónia, da Arábia, da Pérsia, da velha India, e a nós próprios voltamos a dizer: Urdummheit! Urdummheit? Olhamos para os túmulos etruscos e voltamos a perguntar: Urdummheit! Estupidez primária? Porquê, se vemos no mais antigo dos povos, nos frisos egípcios e assírios, nas pinturas etruscas e nos relevos hindus um esplendor, uma beleza e muitas vezes uma alegre inteligência sensível perdida com certeza neste nosso mundo Neufrechheit? Se for preciso escolher entre a estupidez primária e a nova desfaçatez, seja-me concedido ir pela estupidez primária.

O arcediago Charles é um verdadeiro erudito e uma autoridade no Apocalipse, um especialista de grande envergadura neste tema.





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