A Rosa do Adro - Cap. 15: CAPÍTULO 16 Pág. 163 / 202

- E está já morto?... - perguntou o velho, sufocado de lágrimas.

- Creio que não... sente-se ainda bater-lhe o coração.

- Oh! então, depressa, depressa... preparem alguma coisa para transportá-lo, e um de vocês vá imediatamente a casa do cirurgião dizer-lhe que venha cá ver o meu filho.

Daí a pouco, Fernando era conduzido por quatro criados num a espécie de padiola forrada com dois galhos de pinheiro e a capa de oleado, tendo já partido outro criado para casa do facultativo.

Chegados que foram à herdade, Fernando foi deposto no leito, e pouco tempo depois chegou o velho facultativo da aldeia.

Tratou este de examinar as feridas, lavou-as e aplicou-lhes os aparelhos de que podia dispor na ocasião, reservando para o dia seguinte a cura mais perfeita, e receitando juntamente alguns medicamentos, que prontamente foram mandados preparar.

- Então, Sr. doutor - perguntou o pai do jovem - as feridas são de gravidade?

- Uma, a do ombro, é insignificante: a bala apenas lhe resvalou pela carne; a outra, a do peito, essa é bastante séria: o projétil internou-se muito, e não posso verdadeiramente saber o sítio onde se depositou: veremos amanhã se poderei extrair-lho; contudo, o que é necessário, por enquanto, ao doente, é sossego e repouso.

- Ah! Sr. doutor, que infelicidade a minha!.

- Mas vamos a saber: isto como foi?

- Olhe, Sr. doutor, nem eu mesmo o sei... Há pouco veio aí um homem pedir para o meu filho ir ver uma enferma que ele dizia ser sua mulher e estar em perigo de vida. O meu filho foi imediatamente, e, algum tempo depois de ter partido, regressou só a égua em que ele fora montado. Partimos todos a procurá-lo, temendo já que lhe tivesse sucedido alguma desgraça, e afinal fomos encontrá-lo nesse deplorável





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