Depois que ele saiu melhormente aforado do algibebe, e ganhou nomeada de estilista enérgico e polemista respeitável, os seus condiscípulos atravessavam do Marrare para em frente a saber da sua saúde.
- Vou bem - dizia ele.
- Olha que tens já um nome! - encarecia-lhe o alvitrista de Paul de Kock.
- Tenho já um nome?
- Tens.
- Ainda não é bem o nome que eu preciso. Há certos tolos encartados que me não deixam subir.
- Que ratão! Onde vais? À Biblioteca?
- Vou.
- Olha se estudas os olhos daquela viuvinha, e deixa os bacamartes... Aquilo é que é livro. Tem duzentos contos. Não a conheces?
- Eu conheço lá ninguém que tenha duzentos mil réis?
- Que ratão!... Aquela viúva é a viscondessa da Gandarela. É osso que traz cem cães à volta dela.
- E tu? És o número noventa e nove?
- Que ratão! Eu não lhe faço a corte.
- Ah! não? Querias por isso que os cães fossem cento e um para te distraíres, não é isso? Adeus... Cá vou ver a viúva da matilha.
- Que ratão!